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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Uma Resposta ao Papa Francisco



Disse o Papa Francisco: “Todos os que fazem o bem são redimidos, até os ateus”. E ainda "O Senhor nos criou a sua imagem e semelhança, e todos somos imagem do Senhor, e ele faz o bem e nos deu a todos esse mandamento em nossos corações: façam o bem e não o mal. Todos”. “Mas, padre, isso não é católico! Ele não pode fazer o bem.” Sim, ele pode. O Senhor redimiu a nós todos, a todos, pelo sangue de Cristo: todos nós, não apenas católicos. Todos! “Padre… os ateus também? Mesmo os ateus?” Todos! Devemos encontrar-nos fazendo o bem uns aos outros. “Mas eu sou um ateu, padre. Eu não acredito…” “Faça o bem: nos encontraremos lá."

Lindas declarações, não? Enchem de esperança a alma aflita. A humanidade desunida e perdida é confortada com esta declaração: Cristo morreu por todos. Faça o bem, e nos encontraremos lá. Está tudo bem, não é mesmo? Sim, mas seria uma pena se alguém acordasse o papa (e a maioria das pessoas de hoje) deste sonho, desta ilusão. Sim. O que disse o Primaz de Roma é mentira. É ilusão. Não digo “é mentira” como se ele o tivesse dito de má fé. Não creio que o fez. Entretanto, o fato de alguém fazer algo em boa fé não torna esta atitude correta. Assim, o fato de alguém pregar algo em boa fé não torna o conteúdo da pregação verdadeiro. “Seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso”, nos afirmam as sagradas Escrituras.

Quero refutar o que disse o jesuíta Francisco, Papa de Roma, começando a citar a quem eles chamam de primeiro Papa, isto é, São Pedro. Certa vez, após um de seus sermões, perguntaram a Pedro o que fariam eles (para serem salvos) ao que Pedro respondeu “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38). E ainda, no capítulo seguinte, afirma “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (Atos 3:19); o motivo pelo qual exige-se arrependimento e conversão (mediante a fé) para a salvação, o mesmo apóstolo responde “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (Atos 4:12). Certamente, Pedro estava fazendo alusão às palavras de Cristo, quando, sem dúvidas, afirmou “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6).

No começo de seu ministério, Jesus enfaticamente afirmou qual é a situação de todos os que não creem nEle conforme Ele é revelado pelas Escrituras “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3:18). E ainda, com veemência assevera “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (João 3:36).

Podemos ainda citar Paulo, o apóstolo. Em sua maravilhosa carta aos cristãos de Roma, Paulo disseca em detalhes as verdades fundamentais sobre a salvação, a fé e a depravação humana. Francisco afirmou que fazer o bem basta para sermos redimidos. Paulo, apóstolo inspirado, por outro lado, afirma sobre a raça humana:

Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;
Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.
Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.
Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;
Cuja boca está cheia de maldição e amargura.
Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
Em seus caminhos há destruição e miséria;
E não conheceram o caminho da paz.
Não há temor de Deus diante de seus olhos.
(Romanos 3:9-18)

Paulo aí ataca o orgulho do povo judeu am achar-se mais santo do que os demais por possuir a Lei e os Profetas. Derrubando seu orgulho, Paulo afirma categoricamente que TODOS os seres humanos estão mortos espiritualmente. Dentre seus pecados e depravações, Paulo diz que não há UM sequer que busque a Deus, UM sequer que seja justo (bom, correto diante de Deus), UM sequer que seja útil, UM sequer que fale somente a verdade e a justiça e sequer UM que conheça o caminho da paz. O Papa afirma que devemos nos encontrar no céu se fizermos o bem, e só. Outra vez ele traz à tona toda a divergência central entre o Romanismo e o Protestantismo. Vendo a mentira pregada por Roma da salvação por obras os reformadores bradaram, lançando contra estas densas trevas a luz das Escrituras. O apóstolo Paulo explicou que ninguém é salvo a não ser que se arrependa de seus pecados, creia em Jesus Cristo como o que fez sacrifício expiatório pelos seus pecados e converta-se de seus maus caminhos. Ele nos disse:

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie;
Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.
Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens;
Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo.
Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.
Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio.
(Efésios 2:8-14 – grifos meus)

Neste texto São Paulo nos ensina algumas verdades interessantes. Considere-as comigo. Paulo afirma que nossa salvação é um ato de graça provindo de Deus. Isto coaduna com sua epístola aos Romanos quando ele afirma que todos nós estávamos mortos. Deus nos vivificou, gratuitamente, pois, estando mortos, éramos filhos da ira, condenáveis e destinados ao fogo eterno. Paulo diz também que o que une o homem a Deus por meio de Cristo é a fé. Fé em Cristo e em sua obra sacrificial (pois ele suportou a Ira de Deus por nós). Paulo afirma que o verdadeiro crente tem o dever de praticar boas obras, entretanto, que as mesmas não o salvam, apenas demonstram que ele é salvo. Fazer o bem é uma consequência de ser salvo, não a causa. Paulo ainda diz que os cristãos, antes de crerem, estavam SEM Cristo, por consequência, sem esperança e sem Deus. Francisco diz que mesmo os ateus, se fizerem o bem, tem esperança. Francisco está negando Paulo. Paulo, por último, afirma que os que eram antes pecadores e condenados, achegaram-se a Deus pela fé e através do sangue de Cristo, que quer dizer que Ele fez expiação pelos nossos pecados. Somente por isso podemos ser perdoados, pois Deus PUNIU o nosso pecado na Cruz, em Jesus Cristo. E todo aquele que crê recebe a justificação, isto é, é declarado inocente de seus pecados e passa a viver uma nova vida em Cristo. Francisco nega isso e ousa dizer que as obras de bem que praticamos tem poder de fazer Deus esquecer-se de nossos pecados. Ele diz isso pois crê que Jesus pagou na cruz pelos pecados de todos os homens e, não importa o que eles creiam ou façam diariamente, desde que façam o bem, eles terão acesso a este perdão. Francisco nega categoricamente Jesus, Pedro e Paulo. Francisco nega o Evangelho, que “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego” (Romanos 1:16).

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