Disse o Papa Francisco: “Todos os que
fazem o bem são redimidos, até os ateus”. E ainda "O Senhor
nos criou a sua imagem e semelhança, e todos somos imagem do Senhor,
e ele faz o bem e nos deu a todos esse mandamento em nossos corações:
façam o bem e não o mal. Todos”. “Mas, padre, isso não é
católico! Ele não pode fazer o bem.” Sim, ele pode. O Senhor
redimiu a nós todos, a todos, pelo sangue de Cristo: todos nós, não
apenas católicos. Todos! “Padre… os ateus também? Mesmo os
ateus?” Todos! Devemos encontrar-nos fazendo o bem uns aos outros.
“Mas eu sou um ateu, padre. Eu não acredito…” “Faça o bem:
nos encontraremos lá."
Lindas declarações, não? Enchem de
esperança a alma aflita. A humanidade desunida e perdida é
confortada com esta declaração: Cristo morreu por todos. Faça o
bem, e nos encontraremos lá. Está tudo bem, não é mesmo? Sim, mas
seria uma pena se alguém acordasse o papa (e a maioria das pessoas
de hoje) deste sonho, desta ilusão. Sim. O que disse o Primaz de
Roma é mentira. É ilusão. Não digo “é mentira” como se ele o
tivesse dito de má fé. Não creio que o fez. Entretanto, o fato de
alguém fazer algo em boa fé não torna esta atitude correta. Assim,
o fato de alguém pregar algo em boa fé não torna o conteúdo da
pregação verdadeiro. “Seja Deus verdadeiro e todo homem
mentiroso”, nos afirmam as sagradas Escrituras.
Quero refutar o que disse o jesuíta
Francisco, Papa de Roma, começando a citar a quem eles chamam de
primeiro Papa, isto é, São Pedro. Certa vez, após um de seus
sermões, perguntaram a Pedro o que fariam eles (para serem salvos)
ao que Pedro respondeu “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e
cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão
dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos
2:38). E ainda, no capítulo seguinte, afirma “Arrependei-vos,
pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e
venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor”
(Atos 3:19); o motivo pelo qual exige-se
arrependimento e conversão (mediante a fé) para a salvação, o
mesmo apóstolo responde “E
em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum
outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”
(Atos 4:12). Certamente, Pedro estava fazendo alusão às palavras de
Cristo, quando, sem dúvidas, afirmou “Eu
sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por
mim” (João 14:6).
No começo de seu
ministério, Jesus enfaticamente afirmou qual é a situação de
todos os que não creem nEle conforme Ele é revelado pelas
Escrituras “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê
já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho
de Deus” (João 3:18). E ainda, com veemência assevera “Aquele
que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no
Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”
(João 3:36).
Podemos ainda
citar Paulo, o apóstolo. Em sua maravilhosa carta aos cristãos de
Roma, Paulo disseca em detalhes as verdades fundamentais sobre a
salvação, a fé e a depravação humana. Francisco afirmou que
fazer o bem basta para sermos redimidos. Paulo, apóstolo inspirado,
por outro lado, afirma sobre a raça humana:
Somos nós mais
excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que,
tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;
Como está
escrito: Não há um justo, nem um sequer.
Não há
ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.
Todos se
extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o
bem, não há nem um só.
A sua garganta
é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente;
Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;
Cuja boca está
cheia de maldição e amargura.
Os seus pés
são ligeiros para derramar sangue.
Em seus
caminhos há destruição e miséria;
E não
conheceram o caminho da paz.
Não há temor
de Deus diante de seus olhos.
(Romanos 3:9-18)
Paulo aí ataca o
orgulho do povo judeu am achar-se mais santo do que os demais por
possuir a Lei e os Profetas. Derrubando seu orgulho, Paulo afirma
categoricamente que TODOS os seres humanos estão mortos
espiritualmente. Dentre seus pecados e depravações, Paulo diz que
não há UM sequer que busque a Deus, UM sequer que seja justo (bom,
correto diante de Deus), UM sequer que seja útil, UM sequer que fale
somente a verdade e a justiça e sequer UM que conheça o caminho da
paz. O Papa afirma que devemos nos encontrar no céu se fizermos o
bem, e só. Outra vez ele traz à tona toda a divergência central
entre o Romanismo e o Protestantismo. Vendo a mentira pregada por
Roma da salvação por obras os reformadores bradaram, lançando
contra estas densas trevas a luz das Escrituras. O apóstolo Paulo
explicou que ninguém é salvo a não ser que se arrependa de seus
pecados, creia em Jesus Cristo como o que fez sacrifício expiatório
pelos seus pecados e converta-se de seus maus caminhos. Ele nos
disse:
Porque pela
graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós,
é dom de Deus.
Não vem das
obras, para que ninguém se glorie;
Porque somos
feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais
Deus preparou para que andássemos nelas.
Portanto,
lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e
chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão
feita pela mão dos homens;
Que naquele
tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e
estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem
Deus no mundo.
Mas agora em
Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de
Cristo chegastes perto.
Porque ele é a
nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de
separação que estava no meio.
(Efésios 2:8-14 –
grifos meus)
Neste texto São
Paulo nos ensina algumas verdades interessantes. Considere-as comigo.
Paulo afirma que nossa salvação é um ato de graça provindo de
Deus. Isto coaduna com sua epístola aos Romanos quando ele afirma
que todos nós estávamos mortos. Deus nos vivificou, gratuitamente,
pois, estando mortos, éramos filhos da ira, condenáveis e
destinados ao fogo eterno. Paulo diz também que o que une o homem a
Deus por meio de Cristo é a fé. Fé em Cristo e em sua obra
sacrificial (pois ele suportou a Ira de Deus por nós). Paulo afirma
que o verdadeiro crente tem o dever de praticar boas obras,
entretanto, que as mesmas não o salvam, apenas demonstram que ele é
salvo. Fazer o bem é uma consequência de ser salvo, não a causa.
Paulo ainda diz que os cristãos, antes de crerem, estavam SEM
Cristo, por consequência, sem esperança e sem Deus. Francisco diz
que mesmo os ateus, se fizerem o bem, tem esperança. Francisco está
negando Paulo. Paulo, por último, afirma que os que eram antes
pecadores e condenados, achegaram-se a Deus pela fé e através do
sangue de Cristo, que quer dizer que Ele fez expiação pelos nossos
pecados. Somente por isso podemos ser perdoados, pois Deus PUNIU o
nosso pecado na Cruz, em Jesus Cristo. E todo aquele que crê recebe
a justificação, isto é, é declarado inocente de seus pecados e
passa a viver uma nova vida em Cristo. Francisco nega isso e ousa
dizer que as obras de bem que praticamos tem poder de fazer Deus
esquecer-se de nossos pecados. Ele diz isso pois crê que Jesus pagou
na cruz pelos pecados de todos os homens e, não importa o que eles
creiam ou façam diariamente, desde que façam o bem, eles terão
acesso a este perdão. Francisco nega categoricamente Jesus, Pedro e
Paulo. Francisco nega o Evangelho, que “é o poder de Deus para
salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do
grego” (Romanos 1:16).
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