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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Moralidade Legislada


Tornou-se comum hoje em dia, sob o pretexto de defender o santíssimo “Estado laico”, o falar-se em moralidada legislada, ou, mais especificamente, que as leis não devem repercutir uma moralidade preestabelecida. Por “moralidade preestabelecida” leia-se moral cristã. Desejo mostrar aos leitores hoje a insanidade deste argumento e, também, demonstrar como não podemos abandonar a moral cristã como base da nossa sociedade, outrossim nossa sociedade se destruiria.

Tratemos primeiro do argumento contra a “moralidade legislada”. O movimento agnóstico anticristão da atualidade (e por que não ler ateísta) deseja remover a qualquer custo todo rastro de cristianismo da nossa sociedade.  Basta um olhar atento aos fatos e esta verdade fica evidente. Para tanto, recusam-se a aceitar que estabelecimentos morais e históricos, de origem majoritariamente cristã, continuem a existir. Daí, tentam legalizar aborto, casamento homossexual e tantas outras coisas mais. Tudo isso ao preço da repressão ao cristianismo. E o argumento: casamento restringido a homem e mulher é “moralidade legislada”.

A insanidade deste argumento deveria ser evidente a qualquer ser pensante que se dispõe a analisá-lo. Não o é, para nossa desgraça, pois na atualidade pensar por si próprio tornou-se coisa rara. Precisamos entender que o princípio inerente à legislação implica necessariamente que toda lei é uma moralidade legislada. Tome como exemplo o seguinte caso: um ladrão entra em uma casa, mata a sangue-frio uma família e leva todo o dinheiro do cofre consigo. Este ladrão deve ser punido? “Evidentemente que sim”, qualquer um responderia. Eis, entretanto, a questão: por quê? “Porque matar e roubar são contra a lei”, alguém responderia corretamente. O que muitos não se dão conta, entretanto, é que matar e roubar são ilegais pois existe um fundamento moral preestabelecido que diz que assassinar um semelhante e tomar algo que não lhe pertence são atitudes moralmente erradas. Cabe, portanto, ao Estado fazer valer esta moralidade, punindo a todos que a desobedecem. Simples assim. Negue que as leis são moralidades legisladas e seja honesto suficiente para requerer a anulação do código penal brasileiro!

Aqueles ativistas que usam deste argumento, então, quando querem derrubar instituições milenares, como o casamento, estão derrubando a moral que sustenta toda nossa lei, que, quer queiram quer não, é a moral cristã. Os que querem “criar novas leis”, portanto, estão automaticamente decretanto, não que as leis não provém de moralidade, mas que a substituição da moral cristã por outra, inventada por eles próprios. E por que devemos temer isso? Simples, pois esta outra moralidade não conhece limites de respeito à vida e à santidade do casamento, por exemplo. O mesmo movimento que tenta hoje legalizar casamento e “direitos” gays em muitos casos já fala abertamente sobre descriminalização da pedofilia. O mesmo movimento que quer legalizar aborto já fala, por conclusão inerente à sua lógica, no direito da mãe matar seu filho recém-nascido. Estes são apenas dois pequenos exemplos de toda uma gama de consequências que virão caso a moral e ética estabelecidas por Deus sejam esquecidas.

Historicamente, moralidade elevada tem a ver com a prosperidade de uma nação. Magistrados romanos sabiam disso e alguns tentaram, sem sucesso, evitar a derrocada moral de Roma. Sodoma e Gomorra sucumbiram nas mãos do justo juízo divino por sua imoralidade. E por que não citar o mundo inteiro perecido no dilúvio? A Europa cristã prosperou grandemente. Hoje tem sido entregue à dominação de inimigos milenares: os islâmicos. E não, não por meios militares. Não haverá uma gota de sangue derramada. Gradativamente o islamismo tem estendido seus tentáculos e dominação cultural. E isto pode se agravar com a doutrina de controle de natalidade amplamente divulgada entre os europeus. O século XXI testemunhará mudanças históricas enormes no continente europeu. E por quê? Pois se esqueceram de Deus e de sua Lei. Andaram em seus próprios caminhos. Tentam por si próprios dizer o que é certo e o que é errado. Temo por isso. E espero que isso não aconteça com a nossa nação.

Insto que você, leitor, deixe a apatia intelectual e busque conhecimento. Aprenda a pensar por si mesmo, e não apenas pelo que a grande mídia dita diariamente a você. Isto é hoje uma questão vital de sobrevivência em um mundo que gradativamente está sendo tragado pela ignorância e manipulação de “elites” intelectuais cujo propósito é um só: substituir a ordem vigente por uma outra em busca de um fim glorioso, porém inalcançável. E inalcançável simplesmente porque é antiético. Matar uma vida inocente é antiético. Casamento é definido pela união de amor entre um homem e uma mulher visando a multiplicação do ser humano. Pedofilia é abominável, e infanticídio mais ainda. Simples assim.

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